19 de março de 2013

O Amor e suas complexidades

Eu disse que traria uma psicóloga pra vocês e aqui está! Ela vai postar toda quinta, só que essa semana é um exceção o e o texto será postado hoje. Espero que gostem!



Olá, eu sou Luziene Soares Franzão, tenho 43 anos, sou psicóloga, mãe, esposa, filha, irmã.... e no exercício destes  muitos papéis quero compartilhar com você algumas coisas de minha vivência como mulher e profissional. A cada semana vou abordar um tema, algo para refletir, para pensarmos juntas, para crescermos... E que possamos iniciar uma comunicação respeitosa, cuidadosa e cheia de sentido.

O Amor e suas complexidades

“Dificilmente haverá uma palavra que seja mais ambígua do que a palavra “amor”. Abrange todas as coisas  desde o amor por sorvete ao amor por uma sinfonia, desde o simples simpatizar-se ao mais intenso sentimento de intimidade.  As pessoas sentem que estão amando quando se apaixonam por alguém. Chamam sua dependência de amor, e também sua possessividade. Acreditam de fato que nada é mais fácil do que amar, que a dificuldade está em achar a pessoa certa, e que o fracasso em encontrar felicidade no amor deve-se à sua má sorte de não achar o exato parceiro. Mas, contrariamente a todo esse pensamento confuso e desejoso, amor  é um sentimento muito específico; e enquanto todo ser humano tem a capacidade de amar, torná-la uma realidade é um dos feitos mais difíceis.” (Erich Fromm, 1947)


Em minha prática clínica tenho atendido muitas pessoas que sentem que amam, mas que invariavelmente sofrem e confundem esse sentimento com posse, dependência, medo de perder, etc. O amor é um exercício diário, que requer aprendizado e maturidade, uma vez que “amar é ter um pássaro pousado no dedo e quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que a qualquer momento ele pode voar”.

 Dessa forma eu concluo que para amar uma outra pessoa é preciso sim exercitar o amor dentro de si mesma, saber cultivar bons sentimentos em relação a si  própria, ter uma boa auto-estima, reconhecer-se como uma pessoa de valor, que tem bons princípios, que pratica coisas boas, que vê nos outros seres humanos  uma essência boa, porque possui em si mesma essa essência.

Projetamos nos outros o nosso melhor (ou pior) lado e para que o amor possa fluir  é necessário descobrir (e muitas vezes desenvolver) algumas características: tolerância, aceitação, equilíbrio interior, auto apreciação e apreciação do outro, confiança, serenidade e capacidade de avaliar se tudo isso vale a pena pela preservação do relacionamento. E eu não estou falando aqui de relacionamentos abusivos, que desestabilizam qualquer ser humano, pois estes precisam de maturidade e coragem  para ser finalizados (e  este já  é um tema para outra conversa!).

Abraços e até o nosso próximo encontro!!

Caso queira sugerir temas ou enviar perguntas ou questionamentos, por favor entre em contato comigo através do e-mail: luziene.franzaopsi@hotmail.com

4 comentários:

Priscila Ferreira disse...

Ótimo texto, me identifiquei em alguns de seus pontos de vista!

xoxo,
@priscilafrr
http://cappuccinoeaconta.blogspot.com

Ana Luiza Palhares disse...

Adorei o texto! Super me identifiquei com quase tudo!

www.cindereladementira.com.br

Estou participando de um concurso de looks. Se puder votar em meu nome no canto direito... obrigada!
http://territoriorosa.blogspot.com.br/2013/03/3-etapa-do-concurso-meu-look-e-sucesso.html

Unknown disse...

Que legal, adorei.

Beijos
Ana Cruz

Amanda Schuler disse...

Demais!
Ver o ponto de vista de uma especialista então é ainda melhor!
Assim como todas, é claro, também me identifiquei!
Mas tenho aprendido a conviver melhor com o amor, cada vez mais! :)
beijos