4 de abril de 2013

Abrindo-se para a vida



Queridas(os) leitoras(es) do Holy bride, hoje quero compartilhar com vocês uma história, como tantas outras histórias que podem nos inspirar e nos tocar....quero sugerir que você respire suavemente enquanto vai lendo  e absorvendo a história...
Com carinho,
Luziene

Abrindo-se para a vida

“Não existiriam borboletas se a vida não passasse por longas e silenciosas metamorfoses”

Era uma vez, nas profundezas de uma quieta e frondosa floresta, uma árvore. Uma árvore  forte, bonita e majestosa. E num dos seus galhos mais altos, se pendurava um objeto curioso. Um objeto que se parecia com uma pequena bolsa de cor marrom e estava presa na parte de baixo do alto galho.
A pequena bolsa esteve lá pendurada por todo o inverno. E dentro dela dormia quieta uma criatura viva... dormindo um sono calmo e silencioso... com seu corpo enrolado e imóvel.

Através do longo inverno aquecida dentro da pequena bolsa, a criatura crescia e se desenvolvia. E isso acontecia tão devagar que você não podia ter certeza... mas ela estava crescendo, e à medida que se desenvolvia ficava maior e maior e a pequena bolsa parecia se tornar menor e mais justa. E a pequena criatura continuou crescendo até um dia, no início da primavera, o casulo se tornou muito pequeno e começou suavemente a se romper.

À medida que se rompia, uma abertura maior aparecia até que um dia se abriu de lado a lado.
A pequena criatura se esticou e sentiu seu novo espaço. Então, cautelosamente e corajosamente com seu pequeno corpo tremendo, pôs a cabeça fora da bolsa. Ela não podia ver muito, pois, a floresta ainda estava muito escura  e seus olhos ainda estavam parcialmente abertos. Ela podia ouvir murmúrios... ver formas  suaves e desfocadas, podia sentir uma fragrância estimulante. E, ainda trêmula, ousa sair mais e mais do macio casulo, ficando como que em pé nas suas ainda frágeis pernas, muito insegura dela mesma.
No céu, acima das árvores da floresta, o sol já brilha com intensidade e seus raios dourados, filtrados pelas folhas das árvores, formam um bonito mosaico de forma e padrões.



E então, com sua visão melhorando a cada momento, vê logo adiante uma mancha brilhante e ofuscada pelo brilho e pelas cores. A pequena criatura, cautelosamente e corajosamente começa a se mover na sua direção, centímetro a centímetro, parando a cada pequeno passo para, receosa e curiosa, olhar e explorar à sua volta. E, finalmente, já totalmente livre do pequeno casulo, começa a se mover direto em direção à mancha dourada, sentindo sua fragrância. À medida que o gostoso calor se espalha pelo seu corpo, sente a energia surgir e a formigar. Começa a sentir sua própria força e a ficar em pé mais firmemente, levantando a cabeça. Descobre longas “antenas” que podem melhor perceber acontecimentos à sua volta, no seu novo mundo. Seu coração é então tocado por uma sensação, um sentimento quase como amor, quase como força, quase como poder, quase como alegria, de intensa auto-aceitação.

Á medida que o calor cresce na mancha dourada que a envolve, se inicia um agradável e desconhecido processo no seu próprio corpo: a sensação de intenso movimento interno de acomodação, crescimento e integração de novas faixas do seu ser, integrando-se consigo mesma, com o mundo, com o cosmos.  Devagar, começa a se desenrolar um belíssimo par de translúcidas asas que continuam a se espalhar, mais e mais abertas. E, nas asas, fantásticos padrões de gloriosas cores e formas, e já não tão pequena, a criatura anda, como suas novas asas permitem, em direção à luz do sol. À medida que elas secam, se tornam mais e mais fortes até que, finalmente, a criatura começa a batê-las, como numa dança, levantando e baixando as duas maravilhosas asas. Cada vez mais rápido, cada vez com mais força , cada vez mais integrada, cada vez com mais confiança, cada vez com mais harmonia, cada vez mais alegria,  suas asas empurram o ar e com um movimento inesperado no espaço, a criatura sobe mais alto, e quase surpresa percebe que está voando, suspensa no ar, movida pelo par de lindas asas, com movimentos graciosos acima da floresta... voando do seu próprio jeito para o novo mundo que a espera.

Texto criado por Milton H. Erickson.




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6 comentários:

Keith Pappen disse...

Ótimo texto. Beijão <3

@keithpappen
www.detalhesamor.blogspot.com

Angela Graziela disse...

Um lindo post
Parabéns

Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br

Unknown disse...

Nossa adorei o texto, muito lindo e tocante.
Beijos
www.simplesgarotaon.blogspot.com

Thais Costa disse...

O texto é apaixonante! As borboletas são criaturas que nos ensinam lições de vida valiosas, como essa contada na narrativa.

clandestina-a-bordo.blogspot.com

Gabriela Gomes disse...

Que texto lindo, adorei!
www.espacegirl.com

Ana Secco disse...

Texto lindo *---*